sexta-feira, 20 de maio de 2011


Gestão da Qualidade e Meio Ambiente

Água Doce


  Sumário
1. Introdução. 
2. Quantidade de Água no Planeta.
2.1 Água Doce. 
2.2 Água Potável. 
2.3 Água Salgada. 
3. Quantidade de água no corpo humano. 
4. Qualidade de Água. 
5. Poluição. 
5.1 Poluições Industriais. 
5.2 Insumos Agrícolas. 
5.3 Esgotos Domésticos. 
6. Medidas de Prevenção. 
7. Água no Mundo. 
7.1 Água no Brasil. 
7.2 Quantidade e Alternativas de uso. 
8. Conclusão. 
1. Introdução
A água se torna um bem cada vez mais precioso, iniciamos estudos para a verificação da quantidade de água no planeta, aonde ela esta e qual a situação para o consumo desta. Quais os meios que consomem maior quantidade, como ela é gasta e quais as soluções possíveis e prováveis para sanar a falta e poluição da vida deste planeta.
2. Quantidade de água no planeta
O planeta chamado de planeta Terra deveria ser chamado de planeta Água, pois este possui cerca de 75% de sua superfície coberta de água. A água é um elemento indispensável no ecossistema do planeta, toda a vida existente depende da água e com a poluição desta toda a vida pode desaparecer. De toda a água existente no mundo, 97% é salgada e apenas 3% é água doce que é própria para consumo. Desta porção de água doce, apenas 0,03% são de fácil acesso (rios, lagos e sub-superfícies). E com a poluição de rios, lagos e lençóis freáticos este número diminui muito.
Em todos os casos, quer se refiram às águas salgadas, quer às doce, os cuidados na preservação implicam uma dívida que temos com as gerações que virão, pois estamos fazendo uso de patrimônio que também lhes pertence.
2.1 Águas doces
No caso particular do Brasil, o seu maior recurso hídrico e também do Mundo, correspondendo a 20% de toda a água doce disponível no planeta, é a bacia Amazônica, que está distante das grandes concentrações urbanas e industriais. Embora o Brasil seja o primeiro país em disponibilidade hídrica em rios do mundo, a poluição e o uso inadequado comprometem esse recurso em várias regiões do País.
Destes 0,03% de água doce, de fácil acesso para a utilização e potável cerca de 70% é utilizada na agricultura, 22% nas indústrias e 8% em hospitais, residências, escritórios e outros.
O homem é o grande consumidor de água doce, quer direta, quer indiretamente. Em números aproximados, temos que o consumo de uma família na cidade é seis vezes maior que de outra família no campo, uma descarga sanitária equivale a 12 litros, e para encher-se uma banheira o consumo é de 120 litros.
Mas, se compararmos esses consumos, ditos diretos, com os indiretos, a situação é alarmante. Se não vejamos: a feitura de um simples pãozinho demanda 400 litros de água, se considerarmos as necessidades desde o trigo que lhe deu origem. Um quilo de carne corresponde a 18.000 litros de água que foram fornecidos direta ou indiretamente ao animal que lhe deu origem, até a carne estar pronta para o consumo. A produção de uma tonelada de milho requer 1,6 milhões de litros d água, assim como 2,4 milhões de litros para uma tonelada de borracha sintética e 1,3 milhões para uma tonelada de alumínio. Nas mesmas proporções, estaria o consumo nas fabricações de fibras, papel, aço etc.
Mesmo parecendo ser pouco (apesar de a até alguns minutos atrás vários que começaram a ler este trabalho pensavam ser muito) a quantidade de água doce no mundo estocada em rios e lagos, pronta para o consumo, é suficiente para atender de 6 a 7 vezes o mínimo anual que cada habitante do Planeta precisa.
Se em termos globais a água doce é suficiente para todos, sua distribuição é irregular no território. Os fluxos estão concentrados nas regiões intertropicais, que possuem 50% do escoamento das águas. Nas zonas temperadas, estão 48%, e nas zonas áridas e semi-áridas, apenas 2%. Além disso, as demandas de uso também são diferentes, sendo maiores nos países desenvolvidos. Isto pode nos levar a pensar que a água doce está mal distribuída ao redor do globo, porem é o contrário, o homem é que está longe da água.
2.2 Água Potável
É a água que pode ser consumida sem riscos à saúde. Ela preenche todos os requisitos de natureza física, química e biológica, seguindo os padrões estabelecidos pela legislação nacional e internacional. Por isso, deve-se, de preferência, utilizar a água tratada.
2.3 Água Salgada
As águas dos mares e dos oceanos, que são os termostatos do Planeta, e a maior fonte de oxigênio pela fabricação intensa de sua rica flora, viam fotossíntese (e não a Amazônia como a maioria das pessoas pensa), sua degradação, por processos oriundos da atividade humana, implica no desequilíbrio do ecossistema, prejudicando o fornecimento do oxigênio, bem como de alimentos em geral, pode-se afirmar que o futuro próximo já depende da manutenção da qualidade da água doce, que é rara, e que o futuro, não muito longínquo, da qualidade da água salgada.
3. Quantidade de água no corpo humano
O ser humano pode ficar até 28 dias sem comer, porém, sem beber água apenas três dias, a resposta do porque disso é que o corpo humano é basicamente água, a tabela abaixo mostra a quantidade de água que certas partes do corpo possuem:
Cérebro
75%
Pulmões
86%
Fígado
86%
Músculos
75%
Coração
75%
Rins
83%
Sangue
81%
A quantidade de água no corpo também depende da idade da pessoa, como mostra a tabela a seguir:
4. Qualidade da água
A água limpa está cada vez mais rara na Zona Costeira e a água de beber cada vez mais cara. Essa situação resulta da forma como a água disponível vem sendo usada: com desperdício - que chega entre 50% e 70% nas cidades -, e sem muitos cuidados com a qualidade. Assim, parte da água no Brasil já perdeu a característica de recurso natural renovável (principalmente nas áreas densamente povoadas), em razão de processos de urbanização, industrialização e produção agrícola, que são incentivados, mas pouco estruturados em termos de preservação ambiental e da água.
5. Poluição
Todos os tipos de lixo jogados na rua, podem por sua vez ser carregados por alguma tempestade, e levados para algum rio que atravessa a cidade.
Quem não viu um monte de coisas flutuando na água? Mas essa é a poluição que enxergamos. A que vemos que é causada pelo esgoto das casas, que lança nos rios o resto de comida e um tipo de bactéria que deles se alimenta: são as chamadas bactérias aeróbicas, elas consomem oxigênio e destroem a vida aquática e, além disso, podem causar problemas de saúde se forem ingeridas. A poluição das águas é proveniente de várias origens.
5.1 Poluições industriais
A maioria das indústrias não faz o tratamento de seus dejetos, assim são conduzidos à natureza sem maiores cuidados, quase sempre são escoados para rios e lagos, como são produtos químicos deixa um rasto de destruição ambiental em plantas e animais.
5.2 Insumos agrícolas
Na atividade agrícola são usados diversos agrotóxicos e fertilizantes, porém, além de matar pragas e adubar o solo, esses elementos químicos favorecem a contaminação dos mananciais. Quando a aplicação de ambos é realizada esses permanecem nas plantas e no solo, com a chuva uma parcela das substâncias escoa em forma de enxurrada até atingir o curso de um rio ou córrego, uma parte é absorvida pelo solo e chega ao lençol freático. Posteriormente, essa água vai abastecer propriedades rurais e cidades, contamina simultaneamente pessoas que vivem em área urbana, rural, além dos animais domésticos e silvestres que ingerem essa água levando-os, em vários casos, à morte.
5.3 Esgotos domésticos
Esse tipo de poluição das águas acontece, muitas vezes, pela omissão do Estado que não disponibiliza tratamento de esgoto à sua população, com isso todos os dejetos de origem humana são despejados diariamente em rios e lagos. Ao receber tamanha quantidade de esgoto o manancial fica sem vida e concentra diversas doenças.
É muito comum as pessoas confundirem água poluída com água contaminada, razão pela qual vamos explicar cada uma delas.
Água Contaminada: é aquela que transmite doenças, pois contem microorganismos, restos de animais, larvas e ovos de vermes.
Água Poluída: é aquela que tem cheiro forte, cor bem escura, que alterou suas características naturais, isto é, deixou de ser pura e saudável para os seres vivos.
A poluição da água traz conseqüências muito graves aos seres vivos. As principais são:
Substâncias tóxicas lançadas nas águas pelas indústrias e navios atingem os animais e os vegetais aquáticos, chegando a matá-los;
Os animais e vegetais aquáticos atingidos contaminam o homem;
Os esgotos das cidades podem lançar nos rios, lagos e mares seres vivos causadores de doenças.
6. Medidas de prevenção
Para evitar e combater a poluição da água, não precisa erradicar com as fábricas e indústrias, com algumas medidas diminuímos os problemas, como:
Colocar filtros nas fábricas e em indústrias;
Tratar os esgotos para evitar que contaminem rios e mares;
Evitar jogar lixo ou material reciclável em rios e mares;
Conduzir toda a água utilizada pela população para uma estação de tratamento.
Alguns dos motivos para não poluirmos são:
A água poluída é responsável por várias doenças no Homem, quer quando a bebe quer quando come peixe ou marisco contaminado
Os gases poluentes da atmosfera são considerados responsáveis por asma, bronquite, irritação das mucosas, cancro das vias respiratórias.
Os incêndios são um flagelo da nossa época que contribui para a poluição dos solos, água e atmosfera.
Os pesticidas e herbicidas são causa freqüente de alergias.
O lixo acumulado facilita o aparecimento de bactérias patogênicas e animais como moscas, baratas e ratos.
7. A água no mundo
A quantidade de água doce no mundo está estimada em 34,6 milhões de km3 (um km3 corresponde a um trilhão de litros), porém somente 30,2% (10,5 milhões de km3 água doce subterrânea, rios, lagos, pântanos, umidade do solo e vapor na atmosfera) podem ser utilizados para a vida vegetal e animal nas terras emersas. O restante, acerca de 69,8% (24,1 milhões de km3) encontra-se nas calotas polares, geleiras e solos gelados. Dos 10,5 milhões de km3 de água doce, aproximadamente 98,7% (10,34 milhões de km3) correspondem à parcela de água subterrânea, e apenas 0,9% (92,2 mil km3) correspondem ao volume de água doce superficial (rios e lagos) diretamente disponível para o consumo humano. Esse volume é suficiente para atender de seis a sete vezes o mínimo anual que cada habitante do Planeta precisa, considerando a população atual de 6,4 bilhões de habitantes.
Se em escala global a água doce é suficiente para todos, sua distribuição é irregular no território. Os fluxos estão concentrados nas regiões intertropicais, que possuem 50% do escoamento das águas. Nas zonas temperadas, estão 48%, e nas zonas áridas e semi-áridas, apenas 2%. Além disso, as demandas de uso também são diferentes, sendo maiores nos países desenvolvidos.
O cenário de escassez se deve não apenas à irregularidade na distribuição da água e ao aumento das demandas - o que muitas vezes pode gerar conflitos de uso mas também ao fato de que, nos últimos 50 anos, a degradação da qualidade da água aumentou em níveis alarmantes. Atualmente, grandes centros urbanos, industriais e áreas de desenvolvimento agrícola com grande uso de adubos químicos e agrotóxicos já enfrentam a falta de qualidade da água, o que pode gerar graves problemas de saúde pública.
Em termos percentuais, a distribuição relativa dos recursos hídricos no Planeta está definida da seguinte forma: 27% - América do Sul; 26% - Ásia; 17% - América do Norte; 15% - Europa; 9% - África; 4% - Oceania; 2% - América Central.
Segundo o relatório das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos no Mundo, atualmente 1,3 bilhão de pessoas não possui acesso à água potável e cerca de 40% da população mundial não dispõem de condições sanitárias básicas.
Para se ter uma idéia do agravamento de água disponível para consumo, existe uma estimativa da ONU de que no ano de 2025 os prováveis oito bilhões de habitantes devem partilhar da mesma quantidade de água doce hoje disponível para cerca de 6,4 bilhões. Deste modo, as reservas em 2025 serão em média de 4.800 m3 por habitante/ano, contra 7.300 m3 disponíveis por habitante/ano em 2000 e, 16.800 m3 por habitante/ano em 1950. No Brasil este valor era de 34.000 m3 por habitante/ano em 2000 e não difere muito em relação a 2009, colocando-o como privilegiado em disponibilidade hídrica em comparação à média mundial.
7.1 A água no Brasil
O Brasil detém cerca 12% da reserva hídrica do Planeta, com disponibilidade de 182.633 m3/s, além de possuir os maiores recursos mundiais, tanto superficiais (Bacias hidrográficas do Amazonas e Paraná) quanto subterrâneos (Bacias Sedimentares do Paraná, Piauí, Maranhão). Todo esse potencial tem o reforço de chuvas abundantes em mais de 90 % do território, aliadas a formações geológicas que favoreceram a gênese de imensas reservas subterrâneas, como também possibilitaram a instalação de extensas redes de drenagem, gerando cursos d água de grandes expressões.
Todavia, esse potencial hídrico é distribuído de forma irregular pelo país. A
Amazônia, por exemplo, onde estão as mais baixas concentrações populacionais, possui 78% da água superficial. Enquanto isso, no Sudeste, essa relação se inverte: a maior concentração populacional do País tem disponíveis 6% do total da água. Mesmo na área de incidência do Semi-Árido (10% do território brasileiro; quase metade dos estados do Nordeste) não existe uma região homogênea. Há diversos pontos onde a água é permanente, indicando que existem opções para solucionar problemas sócio-ambientais atribuídos à seca.
A água limpa está cada vez mais rara na região litorânea e a água potável cada vez mais cara. Essa situação resulta da forma como a água disponível vem sendo usada: com desperdício - que chega entre 50% e 70% nas cidades e sem muitos cuidados com a qualidade. Assim, parte da água no Brasil já perdeu a característica de recurso natural renovável (principalmente nas áreas densamente povoadas), em razão de processos de urbanização, industrialização e produção agrícola que são incentivados, mas pouco estruturados em termos de preservação ambiental, sobretudo em relação ao recurso água.
Nas cidades, de um modo geral, os problemas de abastecimento estão diretamente relacionados ao crescimento da demanda, ao desperdício e à urbanização descontrolada que atinge as áreas de mananciais. A baixa eficiência das empresas de abastecimento se associa ao quadro de poluição: as perdas na rede de distribuição por roubos e vazamentos atingem entre 40% e 60%, além de 64% das empresas não coletarem o esgoto gerado. O saneamento básico não é implementado de forma adequada, já que 90% dos esgotos domésticos e 70% dos efluentes industriais são jogados sem tratamento nos rios, açudes e águas litorâneas, o que tem gerado um nível de degradação nunca imaginado.
Na zona rural nota-se com freqüência que os recursos hídricos são também explorados de forma irregular, muitas vezes com retirada de água dos mananciais, em excesso, aliada à falta ou escassez de mata ciliar como também de cobertura vegetal nas nascentes, fundamental na proteção dos cursos d água. Não raramente, os agrotóxicos e dejetos utilizados nessas atividades também acabam por alterar a qualidade da água. Também se observa, não raramente, processos erosivos que contribuem para o assoreamento dos cursos d água no ambiente rural.
7.2 Quantidade e Alternativas de uso
A água disponível no território brasileiro é suficiente para as necessidades do país, apesar da degradação. Seria necessária, então, mais consciência por parte da população no uso da água e, por parte do governo, um maior cuidado com a questão do saneamento e abastecimento. Por exemplo, 90% das atividades modernas poderiam ser realizadas com água de reuso. Além de diminuir a pressão sobre a demanda, o custo dessa água é, pelo menos, 50% menor do que o preço da água fornecida pelas companhias de saneamento, pois não precisa passar por tratamento. Apesar de esta água ser inadequada para consumo humano, poderia ser usada, entre outras atividades, nas indústrias, na lavagem de áreas públicas e nas descargas sanitárias de condomínios. Além disso, as novas construções casas, prédios, complexos industriais poderiam incorporar sistemas de aproveitamento da água da chuva, para os usos gerais que não o consumo humano. Sabe-se que tais procedimentos já vêm sendo adotados em diversos lugares, mas a regularização ou exigência em forma de lei ainda caminha a passos muito lentos.
Após a Rio-92, especialistas observaram que as diretrizes e propostas para a preservação da água não avançaram muito e redigiram a Carta das Águas Doces no Brasil. Entre os tópicos abordados, ressaltam a importância de reverter o quadro de poluição, planejar o uso de forma sustentável com base na Agenda 21 e investir na capacitação técnica em recursos hídricos, saneamento e meio ambiente, além de viabilizar tecnologias apropriadas para as particularidades de cada região.
8. Conclusão
A água por ser um bem precioso, essencial aos seres vivos e reconhecidamente de valor econômico, necessita de um manejo racional a partir de um processo de gestão sustentável, caso contrário, corre-se um sério risco de escassez, sem precedentes, de água de qualidade.
No Brasil a cultura predominante do desperdício de água se contrapõe aos programas e propostas de gestão sustentável dos recursos hídricos, apesar dos inúmeros apelos direcionados para este propósito.
Assim, diante desse cenário e considerando todas as abordagens ao longo deste artigo, fica evidente que a questão da água, principalmente no Brasil, está diretamente relacionada e dependente de dois aspectos básicos a cultura do desperdício embasada na falsa premissa de que temos água em abundância e a ausência de uma política de governo, que discipline e controle, de forma mais enérgica, o consumo.
Tomando então como exemplo a expressão de cunho religioso o pão nosso de cada dia e aplicando-a ao contexto da água, ora em questão, tem-se a água nossa de cada dia , uma vez que, em essência, a água é um alimento tal qual o pão e que sem ela não há condições de sobrevivência no Planeta.



FONTE:
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

Gestão da Qualidade e Meio Ambiente
Água Doce
Alunos: Bruno Eckert Bertuol
Eddie B. Gonçalves
Data da entrega 07/04/2009
Curitiba
2009

Um comentário: